Pesquisa Eleitoral: entenda a importância desta ferramenta para o sucesso da sua campanha

10 out

Pesquisa Eleitoral: entenda a importância desta ferramenta para o sucesso da sua campanha

Diferente do que muitos imaginam, as pesquisas eleitorais envolvem um processo complexo, que leva em consideração uma série de fatores e não podem ser realizadas no formato “linha de montagem”. Elas são fundamentais para o planejamento e o gerenciamento estratégico de campanhas eleitorais, o que impacta diretamente os seus resultados.

Então, decidimos dedicar este post ao assunto e sanar algumas das principais dúvidas sobre o tema. Descubra a partir de agora o que é e como funciona uma pesquisa eleitoral.

O que é e como funciona a pesquisa eleitoral?

A pesquisa eleitoral nada mais é do que um processo investigativo realizado com o intuito de mensurar as intenções de voto e compreender as percepções e comportamentos do eleitorado.

Basicamente, as pesquisas eleitorais, assim como todos os projetos de pesquisa, são feitas por meio de dois métodos: quantitativo e qualitativo. Conheça um pouco mais sobre cada uma delas a seguir.

Pesquisa quantitativa

Quando pensamos em pesquisas eleitorais, normalmente nos lembramos dos noticiários e das propagandas eleitorais que divulgam o índice de intenção de votos de uma determinada campanha ou em um candidato. Estes resultados são oriundos de uma pesquisa quantitativa!

As pesquisas eleitorais quantitativas se caracterizam pelo uso de questionários estruturados (perguntas fechadas) que são aplicados junto a uma amostra representativa do eleitorado. A partir de tal amostra, faz-se o calculo da margem de erro para definir o nível de precisão de tais resultados.

Sendo assim, esse método de pesquisa envolve resultados numéricos, ou seja, estatísticas que ajudam a descrever o cenário eleitoral. Geralmente as pesquisas eleitorais quantitativas são utilizadas para fazer previsões, medir intenções de voto e saber quais candidatos têm maior ou menor chances de vencer uma eleição.

Pesquisa qualitativa

A pesquisa qualitativa, por outro lado, tem como principal foco compreender o comportamento humano, o modo como os eleitores enxergam os candidatos, além do que pensam sobre o cenário político e econômico atual.

Sendo assim, enquanto a pesquisa quantitativa mede as opiniões, percepções e comportamentos, a pesquisa qualitativa vai mais a fundo em busca da compreensão destes elementos, que são centrais para o sucesso de uma campanha.

Enquanto a pesquisa quantitativa identifica a falta de confiança do eleitorado em um determinado candidato, a pesquisa qualitativa explica o porque desta falta de confiança e ajuda a identificar as melhores argumentações e ações para superar este desafio.

Devido ao diferente foco que esses dois métodos dão às pesquisas, é importante entender a fase em que a candidatura se encontra para decidir qual é o método de pesquisa mais adequado ao momento.

Por que a pesquisa eleitoral é tão importante?

A pesquisa eleitoral representa um dos principais ativos de planejamento e direcionamento para uma campanha política. Sem ela, seria difícil planejar a campanha e determinar o posicionamento do candidato, suas propostas de governo, suas alianças, dentre outros elementos.

Ou seja, toda a estratégia de marketing do partido e do candidato deve ser pautada em informações obtidas nessas pesquisas junto ao eleitorado.. Isso a torna indispensável na busca pela vitória.

A dinâmica das campanhas e o uso das pesquisas eleitorais

Conforme comentado anteriormente, as pesquisas eleitorais são utilizadas ao longo das diversas etapas envolvidas em uma disputa eleitoral. Diferente do que o público pensa, uma disputa eleitoral começa bem antes das do período das campanhas.

Prévias: a definição do candidato mais promissor do partido

É comum que os partidos não tenham muitas informações sobre a popularidade dos políticos. Então, a definição do candidato que deve concorrer a uma vaga já exige a realização de um estudo sobre nível de conhecimento, potencial de votos e rejeição de cada pré-candidato.

Cada partido faz as suas prévias para verificar quais candidatos têm maior probabilidade de vencer as eleições e escolhe as opções mais promissoras a vencer o pleito.

Avaliação das expectativas, percepções e comportamentos do eleitorado

Antes do início da campanha , recomenda-se um amplo diagnóstico sobre os problemas enfrentados pelos cidadãos e o modo como o candidato é relacionado a eles. Ou seja, sobre como o candidato pode contribuir para solucioná-los e se as pessoas acreditam que ele é capaz de fazê-lo

Nesse momento, o ideal é que o partido concilie as pesquisas qualitativas e quantitativas para obter resultados mais amplos e precisos. Um dos métodos qualitativos mais utilizados no processo é o grupo de discussão.

Esse método recria possíveis debates que as pessoas têm em casa, no trabalho, nas escolas e bares, porém em um ambiente controlado. Assim, fica mais fácil obter uma visão sobre como o eleitorado pensa e como reage aos diferentes pontos de vista e posicionamentos relacionados à gestão pública.

Além disso, as pesquisas qualitativas permitem fazer um mapeamento do sentimento e das expectativas do eleitorado, o que é fundamental para a criação de slogans, programas de governo e para a definição da linguagem a ser empregada na campanha.

Monitoramento das intenções de voto

Com um diagnóstico do cenário da campanha em mãos, o partido ou a coordenação da campanha deve monitorar o desempenho do candidato, fazendo pesquisas periódicas sobre as intenções de voto.

Mesmo que os jornais realizem tais pesquisas, os estudos encomendados pelo candidato permitem ir mais a fundo nas informações, obtendo detalhes sobre a opinião das pessoas de modo segmentado por perfil do eleitorado, a partir de cruzamentos por sexo, idade, escolaridade, religião, região de moradia, dentre outros critérios.

As intenções de voto podem ser medidas de duas formas: espontânea e estimulada. A forma espontânea é quando o entrevistado responde sobre quem votaria se a eleição fosse hoje, sem que lhe sejam dadas as opções.

Já na pesquisa estimulada os nomes dos candidatos são apresentado aos entrevistados. Assim, este índice costuma ser mais assertivo em termos de previsão do resultado de uma eleição. Além disto, é possível testar cenários específicos, tal como uma projeção de segundo turno ou sobre quais os efeitos da retirada de um determinado candidato da disputa eleitoral.

Por exemplo: se na disputa entre o candidato “X” e o “Y” o “X” ganha, como ficaria se outro candidato entrasse nas disputa? É assim que são testadas as possibilidades de segundo turno e o resultado final das eleições!

O nível de conhecimento que o eleitorado tem sobre o candidato também é analisado nesta etapa. É muito comum que políticos mais famosos, que estejam na mídia há mais tempo, sejam mais lembrados e mais citados. Sendo assim, além do nível de conhecimento, deve-se verificar a rejeição dos candidatos e fazer uma análise que leve em consideração o quanto cada um é conhecido.

Análise de convicções do eleitorado: segurança no voto

A convicção do eleitor também deve ser avaliada nesse tipo de pesquisa. Por exemplo: se o eleitor diz que votará em um candidato, devemos perguntar se há a chance de ele mudar de ideia no decorrer da campanha. Essa é a segurança no voto”!

Trabalho de imagem do candidato

Quando o candidato tem boas intenções de voto, a pesquisa quantitativa pode ser suficiente. Porém, quando surge algum problema de imagem ou ocorre uma redução nas intenções de voto, a pesquisa qualitativa volta a ser necessária.

Nesse caso, sempre que a imagem de um candidato precisa ser analisada com maior profundidade, a pesquisa qualitativa é realizada para que seja possível aprofundar na compreensão dos motivos dessa rejeição e encontrar respostas sobre como mudar o cenário.

Amostragem

O último ponto que destacamos em relação aos estudos de intenção de votos envolve o modo como os entrevistados são selecionados e abordados. Trata-se do processo de amostragem.

Aos olhos da ciência, somente os estudos probabilísticos podem ter margem de erro e seus resultados extrapolados para todo o universo da pesquisa. Para tal, a amostra deve ser selecionada com alto rigor metodológico, o que geralmente exige pesquisas em domicílio e a seleção aleatória dos entrevistados.

No Brasil, os institutos de pesquisa convencionaram que as pesquisas eleitorais podem ser realizadas em pontos de fluxo, desde que os estratos do eleitorado sejam controlados. Contudo, recentemente temos observado a emergência de pesquisas que utilizam pouco ou nenhum critério para seleção dos entrevistados. Há registro de pesquisas eleitorais realizadas até por telefone!

Tome cuidado com este tipo de pesquisa e com as empresas que as defendem. Apesar de serem bem mais baratas, a confiabilidade de tais estudos fica prejudicada e as informações que você acredita estarem te ajudando, na verdade podem estar te levando para o fracasso. É o barato que sai caro!

Aqui na Jumppi Inteligência e Pesquisa zelamos pela confiabilidade e assertividade de nossas pesquisas eleitorais. a partir de um profundo entendimento do cenário político-eleitoral, ajudamos nossos clientes a desenvolverem estratégias vencedoras. Vamos conversar?